Me recuso a morrer como o Mestre Não sou merecedor desta glória Pois eu trago em minha memória Não vivi como Ele viveu Meu furor causou tanto desastre Já fui cheio de orgulho e vanglória O resumo da minha história Sou um pecador que nEle creu Fui mais um pescador que O seguiu e O seguindo no mar, afundei E ao perguntar-me: (me amas?) Os meus lábios disseram perjúrio Já quis ser o maior entre todos e Ele, humilde, lavou-me os pés Minha espada a um servo feriu e mais: Por três vezes o neguei! Ainda hoje a pergunta ecoa (Pedro, amas-me mais do que estes? Apascenta as minhas ovelhas!) Aprendi: Esta é a forma de amá-Lo Me recuso a morrer como o Mestre Esta glória, não há quem mereça Que meu gesto, isto, demonstre Ponha a cruz, de ponta cabeça