Intro: Quem nasceu como eu Com os pés no regato E cresceu flor do mato Em beira de estrada Olhando a passagem De quem vai em viagem Pra qualquer lugar Quem nasceu como eu Com os olhos postos numa estrela Querendo entender O além, o instante O amigo do lado Querendo entender Quem nasceu assim como eu Não vive essa vida, mas outra Surgida de sonhos, de versos ouvidos De histórias criadas, contadas Ao pé da fogueira acendida Num centro de alma vazia Quem nasceu como eu Quando perde um amor, um irmão, um amigo É levado do peito o abrigo É voltar a viver ao relento Exposto à sombra e ao vento Que sopra de noite e de dia E apaga a fogueira que ardia