Introdução:() Sobre a cabeça os aviões Sob os neus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto Central do país Viva a bossa-sa-sa Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça Viva a bossa-sa-sa Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça O monumento é papel Crepon e prata Os olhos verdes da mulata. Acabeleira esconde Atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga, Estreita e torta E no joelho uma criança Sorridente, feia e morta Estende a mão Viva a mata-ta-ta Viva a mulata-ta-ta-ta-ta Viva a mata-ta-ta Viva a mulata-ta-ta-ta-ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de amaralina Coqueiro, brisa, E fala nordestina e faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando a eterna primavera E nos jardins os urubus passeiam Atarde inteira entre os girassóis Viva a Maria-ia-ia Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia Viva a Maria-ia-ia Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre Muito pouco sangue Mas seu coração balança a um Sama de tamborim Entre acordes dissonates Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores!!! Ele põe os olhos grandes Sobre mim Viva Iracema-ma-ma Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma Viva Iracema-ma-ma Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma Solo ) Domingo é o fino da bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai a roça porém O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da

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