Atravessei a fronteira, Mato Grosso-Paraguai Onde eu vi tanta beleza, que eu não me esqueço jamais Uma linda Paraguaia, do pensamento não sai Se não acaba a saudade, eu torno vortá pa trais. Despedi e vim simbóra, muito triste soluçando Quando eu vi a garça branca, nos ares passou voando A siriema cantava, a noite vinha chegando Não vi mais a Paraguaia, nem seu lencinho abanando. Eu vortei prá minha terra, soluçando a estrada inteira Vi meu ranchinho da serra, perto da Capitaneira Adeus Paraguaia linda, não te esqueço a vida inteira Adeus chão de Mato Grosso, adeus saudosa fronteira.