Introdução Meu velho carro de boi, pouco a pouco apodrecendo Na chuva, sol e sereno, sozinho, aqui desprezado Hoje ninguém mais se lembra que você abria picada Introdução Abrindo novas estrada, formando vila e povoado Meu velho carro de boi, trabalhaste tantos anos O progresso comandando no transporte do sertão Hoje é um traste velho apodreceu no relento Introdução No museu do esquecimento, da consciência do patrão Meu velho carro de boi, a sua cantiga amarga No peso bruto da carga, e seu cocão ringindo Meu velho carro de boi, quantas coisa você retrata Introdução A estrada a verde mata, e o tempo de meu avô Meu velho carro de boi, é o fim da estrada comprida Puxando a carga da vida, a mais pesada bagagem E abraçando o cabeçalho, o nome dos boi dizendo Introdução O carreiro foi morrendo, chegou no fim da viagem.