() A morte é uma potra xucra que não se amansa no mais Um dia o vivente cai e vai pra dentro do chão, Pouco importa se é patrão, capataz ou peão campeiro A morte não tem parceiro, nem faz grau de distinção Nem por isso tenho medo vou quando chegar a hora Se me enredar nas espora, são os cavaco da lida Quando o rodeio da vida, embretar as esperanças Então só serei lembrança, porque me fui de partida Não sou de fazer lamuria, ficar chorando mazela... Aos tombos me livro dela amadrinhado c'oa sorte, Arreglando meus arreios, metendo bocal e freio Faço da vida um floreio, passando o mango na morte () Por isso meu companheiro, vou gambeteando a danada A trotezito na estrada, sem pensar na minha ida, Da morte não tem saída, vamos pelear e viver Educar e aprender, dando mais valor a vida Vou pilchando meu destino de alegria e de prazer Pois de que adianta sofrer pelas migalhas que herdamos Se na morte não levamos os nossos bens materiais Só vão junto os ideais e o amor que proporcionamos