Ela era uma cega gaga que soluçava-me um final Apesar de espirrar com um olho aberto parecia-me normal E dizia que o tempo era um vício que transformava a vida em círculos E que a felicidade se encontrava Em um vetor tangencial ...a este círculo Às vezes pareço uma mosca no vão da janela Batendo a cabeça no vidro, querendo sair Insistindo num erro e não querendo assumir ) Que você pode tocar no abstrato E engolir a "reflectância" da luz Mudar a cor da sua música E aloprar alguns Comunicando-se com um espelho através de mímica, mímica ocular Ela contou-me porque a chuva nunca para, nunca pára de chorar São as gotas que um dia se renderam a um ciclo E perceberam que a saída, se abrirá quando fechar (Refrão) A cega inusitada só queria dizer Que fatos acontecem e estão aí para ver Com um breve assobio ela me disse assim Não quero omitir pra vocês o que eu penso Nem influenciar na vossa vida de ser humano Mas não deixem que aquela velha roda Transformem vocês numa mosca, tosca, fosca...