Noite velha, noite moça, estou cá e não posso dormir Com o pensamento na morena que no trem de ferro deixei partir Zé viola, caboclo perreiro, virou cria mansa do sertão Chora as mágoas deitado na rede junto às cordas do seu violão Sinhá candinha sentada no banco vê sumindo ao longe a estação Vai deixando no meio do mato o violeiro do seu coração Noite velha, noite moça, estou cá e não posso dormir Com o pensamento na morena que no trem de ferro deixei partir Tal sumo da jabuticaba, o remédio da flor manacá O tampo amargo da viola candinha pôde adoçar Que triste fim pro zé viola, prisioneiro do sol e do luar Pede a deus à luz do candeeiro que um pé de vento a faça voltar