O nêgo tá, moiado de suó Trabáia, trabáia, nêgo Trábaia, trabáia nêgo As mãos do nêgo tá que é calo só Trabáia, trabáia nêgo Trabáia, trabáia, nêgo Ai “meu sinhô”nêgo tá véio Não agüenta ! Essa terra tão dura, tão seca, poeirenta... Trabáia, trabáia nêgo Trabáia, trabáia, nêgo O nêgo pede licença prá falá Trabáia, trabáia, nêgo O nêgo não pode mais trabaiá Quando o nêgo chegou por aqui Era mais vivo e ligeiro que o saci Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim Mas o tempo passou Essa terra secou ...ô ô A velhice chegou e o brinquedo quebrou .... Sinhô, nêgo véio tem pena de têr-se acabado Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado ô ô