Fera, é o homem, que na lida se abaguala E por ser fera, na forma um potro fera embuçala Fera, é o potro, corcoveando campo afora Sentindo o peso dos bastos berrando à pua da espora Fera é a espora, riscando a carne do potro Mostrando o sangue pro campo pra que o campo lhe mande outro O campo, se torna fera quando o inverno estende o braço Fazendo verter o banhado, dando serviço pro laço O laço, também é fera, quando dos tentos desata Juntando o boi contra o chão, por mais que ele mande pata É fera, o boi que atropela, quando alguém tenta apartá-lo Num refugo de mangueira, se vem de encontro ao cavalo Int. São feras, mas se amansam, se mais adiante bombeá-los O homem mateia quieto e o potro se faz cavalo A espora, no cavalete, perde a fúria do garrão E o campo racha a vertente, quando se achega o verão O laço, se mal cinchado, rebenta qual brincadeira E o boi atropelador, se ajoelha pra carneadeira São feras, mas se amansam