Intro (Rasguei a certidão de casamento Finquei o braço na mulher Foi um gritedo vesti uma fatiota elegante Despachei duas amantes e me mandei pro chinaredo) Não há lugar melhor que o meretrício No vício é que eu encontro meu papel Me enfrasco e canto um tango pras gurias Que eu sou filho de uma tia da empregada do Gardel Desde guri eu nunca fui um bom sujeito Pois a falta de respeito sempre foi minha vocação Me lendo a mão uma cigana disse tudo Ou capam esse cuiúdo ou emprenha toda nação Dizem que bom eu só vou ser depois de morto Porque pau que nasce torto não dá mais prá endireitar Eu sou teimoso e por não concordar com isso Me mandei pro meretrício e fico até desentortar Amanhã minha mulher que é uma cruzeira Vai reunir a família inteira prá tentar me redimir Mas eu garanto que enquanto tiver dinheiro Nem que chamem os bombeiros não me tiram mais daqui