Transportei - me ao tempo largo dos tribais e tolderias Poder que tem a poesia de ir onde a alma implora Alma que vem e que chora com saudade do seu tempo É a mesma alma do vento, que nunca sabe onde mora... Desencilhar - tempo novo é acordar primavera Ressuscitar as taperas quinchadas pela existência... É despertar muita ausência e andar sovando badana Numa milonga pampeana, saber a voz da querência Veja a luz da minha estrada refletir na estrela antiga Do meu picaço que abriga florão de lua na fronte E sabe dos meus repontes por andar há muito tempo Seguindo o rumo do vento que sopra os meus horizontes E aqui estou - tempo velho- cruzando o portal da vida... Quem sonha buscar guarida sabe os motivos que imploro Sabe dos versos que choro com saudade do meu tempo Por ter a alma do vento também não sei onde moro... Porém eu sei dos andantes, suas almas e seus medos Das lágrimas e segredos que habitam as madrugadas Porque a vida é uma estrada, passo -a - passo pelo vento Onde só a mão do tempo sabe o fim da caminhada Ref.