Morava sem muito luxo Quase na beira da sanga Era vizinha da tuna Do cardo e da japecanga E tinha por seu costume Adoçar simples desejos Pois quando um homem passava Na boca lhe dava um beijo Tinha a pureza estampada Sob o semblante do rosto E embora moça direita Muitos provaram seu gosto E assim passava seus dias Sempre de trás da cancela Dando o seu doce pra tantos Sem deixar de ser donzela E assim passava o aroma, Seduzindo em cor tão bela Junto ao vívido vermelho Nas bordas do corpo dela ( ) Se espalhava pelo vento Embalada em seus perfumes, Feitiço pra muitos tantos Principiando os ciúmes Lindeira, igual a tantas Num viver dependurada Esperando um moço certo Que lhe colhesse adoçada Já lhe quiseram impura Com mistérios e artimanhas Já foi motivo de amores Afogada numa canha E quando o inverno chegou Seu rancho virou tapera O doce se foi embora Deixando o amargo da espera E quem no inverno passou E achou seu rancho tapera, Não se preocupe a pitanga Voltará na primavera! ( )

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