O que eu procuro é um olhar cúmplice Um corpo que se encaixe Uma beleza, sim, uma gata – que é de praxe. Procuro uma moça nem muito bonita Nem tanto feia Mas procuro a perfeita Equilíbrio entre charme e estranheza Moça que mesmo de longe comigo se deita E me faz sentir que estou em casa. Obscuro é seu anel de Júpiter Esse jogo, esse cálice. Sua beleza, sim, me mata – viro um traste. Procuro você e sua saia de chita Sua boca aflita Mas procuro você inteira Equilíbrio entre alarme e natureza Moça que mesmo calada comigo confessa E me faz sentir feliz à beça. O que eu procuro é alguém que junte-se Sob fogo, não se abaixe Que seja, assim, lua de prata – nunca se afaste Procuro em você um perfume que grita A curva infinita Mas procuro em você a derradeira Equilíbrio entre a Farme e Madureira Moça que ama bem antes, durante e depois E me faz sentir o bom de ser dois.