Mar de Outono Vento, brisa leve Vem me leva, e a janela traz um novo dia E eu não sei se é o que eu queria... No mar ninguém se atreve Esta praia que me segue traz a maresia E só eu que me assistia... Andando pela areia As marcas pelo chão Lá fora calmaria Por dentro furacão E quem vai catar as as conchas, molhar os pés me dar a mão? O tom cinza dessas ondas se mistura com o som... Vento que me serve Me revela o que não deve Fala e me assobia... E só eu que não ouvia... Porto das tragédias Me arremessa nas falésias da sua geografia Em você, sim, eu me perdia... A marca dos meus passos Profunda é a paixão Na rota que eu traço Sou nau sem capitão... E quem vai ficar às tontas no convés da embarcação? A espuma é tão branca e minha âncora é a solidão...